San Paolo pode ser
sempre muito interessante.
Recentemente, fui à
Lanchonete da Cidade, que, diga-se de passagem, é uma delícia.
E é cheia de coisinhas, de lembranças boas, que nos remete a um passado... pouco distante.
Aonde você olhar, vai achar uma surpresa.
Sem contar que tem um elemento arquitetônico de que eu gosto muito: o
cobogó, ou mesmo,
combogó.
O
cobogó é um nome dado ao elemento vazado, muito utilizado na década de 20, pelos engenheiros Amadeu Oliveira
Coimbra, Ernest August
Boeckmann e Antônio de
Góis, que patentearam o nome com as iniciais de seus sobrenomes.
É uma invenção Pernambucana, inspirada nos
muxarabiês, tramas vazadas de madeira, muito usadas na
Arquitetura Moura, presente no início da colonização Pernambucana.
Ainda hoje os muxarabiês são encontrados em algumas casas, com a intenção de manter a privacidade, sem comprometer a luminosidade e a visibilidade de dentro pra fora da edificação.
Os
cobogós foram e ainda são bastante utilizados com suas aplicações
kitsch, em fachadas e em divisórias de ambientes internos, pois permitem uma “quebra” da incidência solar direta e, ainda, um melhor aproveitamento da ventilação natural.
Minha visão da Lanchonete da Cidade: